Aí Ana, que situação...

Drama Cotidiano

Aquele momento ansiosamente esperado finalmente aproximava-se. A cada passo minha respiração tornava-se mais ofegante. À minha volta todos estavam alheios ao meu drama.

Desta vez eu teria que ser rápida, minha vida e a de tantos dependiam desse momento...

"Próximo!" a voz de uma jovem apressada finalmente dissipou minhas simulações.

Esta era a deixa! Eu teria que ser rápida e discreta.

Meus batimentos cardíacos aceleravam-se conforme os apitos sinalizavam que mais um item estava sendo registrado.

"Esta é esperta! Eu não posso me descuidar!" Pensava eu enquanto acompanhava ágeis gestos. O último apito soou e velozmente saquei um objeto metálico da minha bolsa, apontando-o enquanto anunciava minha intenção.

Entretanto, mais rápido que uma bala, ela me pegou.

Aflita, mas determinada, insisti e ela, atordoada, obedeceu-me meio relutante.

As pessoas em volta assitiam sem compreender: alguns com revolta, outros com desprezo, alguns com medo e outros com piedade.

Não me incomodei de ter sido taxada de louca, fresca ou chata pelos apressados da fila, mas retirei minhas compras das sacolas plásticas e as coloquei na minha ecobag.

Diariamente passo por situações parecidas e mesmo que eu peça à tempo para não ensacarem minhas compras, foram anos de condicionamento operante dos caixas - quase todos são automáticos!

De todos os lugares que tenho feito compras, os mercados têm sido os únicos onde posso não ensacá-las sem sofrer qualquer tipo de pressão social.

Eu imaginava que um gesto tão simples pudesse passar desapercebido. Entretanto, estamos nos tempos modernos: o do automatismo humano onde uma pequena não conformidade interfere em toda linha de produção.

Tô tintindo nada

Dizem que a ignorância é uma bênção...

É ela que mantém nosso mundinho cor de rosa, azul e verde enquanto nos afogamos num mar de lama. Ou seria melhor dizer, de lixo?

Eu vivia meio alheia à montanha de problemas gerada por minha ignorância e achava que já fazia muito associando-me ao Greenpeace. Seguia a vida leve, feliz. Não "tintia naaada".

Entretanto, depois de ver o resultado de toda a minha vida de intensa "atividade lixeira", não pude me orgulhar da minha produtividade.

Agora não consigo mais jogar qualquer coisa "fora" sem sentir, no mínimo, remorso. A cada esticada de braço, lembro-me sempre do problema que esse meu simples gesto criou.

Desde então, venho adotando saídas para reduzir minha produção de lixo. Daí essa "guerra" aparentemente insana às "inocentes" sacolas plásticas.

Estou conseguindo reduzir e reutilizar não apenas as sacolas, mas também os plásticos em geral, porém ainda venho produzindo muito "lixo".

Logo, fui "obrigada" a separar meu "lixo" para reciclagem e para isso estou readaptando minha rotina, como vocês poderão acompanhar nos próximos posts.

Eu, Wall-e e o Lixo

Bom dia a todos! Bom finalmente eu (Jorge) estou postando neste diário. Peço desculpas pela demora, pois estive atarefado e com pouco tempo e sem internet...rsrssss. Deixei meus comentários nos posts da Ana complementando assim o trabalho e de acordo com a idéia real do blog ou diário e agora estou deixando este meu primeiro post afim de refletirmos um pouquinho e brevemente sobre o lixo.

Bom, falar de lixo é falar de nós seres humanos. Não que sejamos lixo, mas por sermos os únicos seres vivos neste bendito planeta, a produzir lixo. Somos os verdadeiros "lixeiros" (entenda isso como os fazedores de lixo). Nas palestras que eu e meus companheiros Gilberto e Raphael fazemos, nos surpreendemos com o fato de que praticamente a maioria das pessoas não sabem o que é lixo. Somos os únicos produtores de lixo, mas não sabemos o que é lixo. É doido isso! E por não sabermos o que é lixo vivemos alheios a ele. Quando não jogamos alguma coisa na rua ou no rio e jogamos na lixeira achamos que fizemos nossa parte, mas muitas vezes nos enganamos. Muitas vezes pois além de não sabermos o que é lixo não sabemos para onde vai o tal lixo (se é que o que está ali na lixeira é lixo realmente...). Por isso cabe aqui fazermos uma enquete. Deixo também uma ótima dica de filme que nos leva a refletirmos sobre a questão do lixo bem como outras coisas. "Wall-e", um belo filme que mostra uma realidade futura não tão distante em que o planeta Terra vira um grande lixão dada a nossa incapacidade de entendermos o lixo e administrá-lo, bem como nossa insensibilidade para com tantas coisas. A população humana acaba tendo que sair e vagar no espaço numa espaço-nave e um robozinho (o protagonista) fica na Terra tentando lidar com o lixo.

"Para onde vai o lixo?"

Esta pergunta foi feita por uma amiga e foi o estímulo que faltava para que esse blog saísse do mundo das idéias.

Eu confesso que fiquei chocada com a pergunta, pois eu, no meu mundo verde e abóbora, imaginava que todos soubessem o que acontecia com o lixo depois que era recolhido nas ruas.

A pergunta não tinha sido feita por uma "ecoleiga" qualquer, mas por uma pessoa muito inteligente, que estudou em excelentes escolas, que possui várias especializações, é uma excelente profissional em sua área e uma pessoa super antenada.

Reconheço que tenho acesso privilegiado a esse tipo de informação e resolvi perguntar para outras pessoas para saber se é um caso isolado de "aula matada" ou uma triste realidade de "aula morrida".

Como minha família e meus colegas de trabalho já estão "doutrinados" (não por mim - quero deixar bem claro isso!), resta-me lançar esta pergunta aqui.

Não se pode pensar verde se durante o simples e autômato gesto de pegar um objeto e descartá-lo não houver algumas reflexões.

E a primeira é:

Para onde vai o lixo?

Prece a Mãe Terra

Abençoado seja o Filho da Luz que conhece sua Mãe Terra,
Pois é ela a doadora da vida.
Saibas que a sua Mãe Terra está em ti e tu estás Nela.
Foi Ela quem te gerou e que te deu a vida,
E te deu este corpo que um dia tu lhe devolverás.
Saibas que o sangue que corre nas tuas veias
Nasceu do sangue da tua Mãe Terra.
O sangue Dela cai das nuvens, jorra do ventre Dela,
Borbulha nos riachos das montanhas,
Flui abundantemente nos rios das planícies.
Saibas que o ar que respiras nasce da respiração da tua Mãe Terra.
O alento Dela é o azul celeste das alturas do céu
E os sussurros das folhas da floresta.
Saibas que a dureza dos teus ossos foi criada dos ossos de tua Mãe Terra.
Saibas que a maciez da tua carne nasceu da carne de tua Mãe Terra.
A luz dos teus olhos, o alcance dos teus ouvidos,
Nasceram das cores e dos sons da tua Mãe Terra,
Que te rodeiam feito as ondas do mar cercando o peixinho,
Como o ar tremelicante sustenta o pássaro.
Em verdade te digo, tu és um com tua Mãe Terra,
Ela está em ti e tu estás Nela.
Dela tu nasceste, Nela tu vives e para Ela voltará novamente.
Segue portanto as suas leis,
Pois teu alento é o alento Dela,
Teu sangue o sangue Dela,
Teus ossos os ossos Dela,
Tua carne a carne Dela,
Teus olhos e teus ouvidos são Dela também.
Aquele que encontro a paz na sua Mãe Terra,
Não morrerá jamais.
Conhece esta paz na tua mente,
Deseja esta paz ao teu coração,
Realiza esta paz com o teu corpo.

Evangelho dos Essênios

Mudança Geral

Enquanto todos os rubro-negros comemoravam, eu preferi vestir minha camisa verde para assistir o novo quadro, Mudança Geral, que estreiou no domingo passado, dia 3, no Fantástico.

Trata-se de um reality show onde uma família, acompanhada por uma equipe de cinco consultores de diversas especialidades, deverá mudar seus hábitos a fim de evitar o desperdício e melhor sua qualidade de vida, ou seja, tornarem-se mais sustentáveis.

Nós, telespectadores, podemos participar escolhendo os rumos da família durante a semana, baseado nas metas sugeridas por cada especialista do quadro.

Maiores informações poderão ser lidas no link a seguir:
http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1104543-15605,00.html

Obs.: qualquer semelhança entre o programa e o blog, ou se trata de uma feliz concidência, ou de pura sincronicidade. (Afinal, o blog foi criado antes da divulgação do quadro).

Nessa onda de "eco reality shows", já vinha sendo exibido o programa EcoPrático na TV Cultura aos domingos e quartas às 19h e 19:30h respectivamente.

Entretanto, ainda não tive oportunidade de assistir, pois na minha casa não pega a TV Cultura. :(

Segue o link do programa: http://www.ecopratico.com.br/

Fica essas duas sugestões de programas para quem curte sustentabilidade! ;)

Um verde abraço!

Sacola Zero

Sábado fui no calçadão de Caxias fazer mais compras. Deixo já uma observação de que não se trata de consumismo exagerado (o que não é nada sustentável), mas estou montando o meu apê aos pouquinhos e por isso farei muitas compras.

Saí com minha bolsa (que já é grande) e com minha ecobag dobradinha dentro.

Missão do dia: sacola zero.
(Deixo registrado que esta meta eu mesmo estabeleci e não foi um dever de casa do "tio" Jorge).

Para não exagerar nas compras, fiz uma listinha do que era preciso e comprei colheres de bambu e de madeira para cozinhar, evitando as de plástico.

Entretanto, vamos com calma! Um passo de cada vez! O objetivo principal era sacola zero e eu este eu consegui! :D

Alguns vendedores estranharam e insitiram para que eu levasse a sacola e eu confesso que achei estranho enfiar os calçados que havia comprado direto na ecobag, mas deve ser uma questão de hábito.

Agora é só manter o resultado nas próximas compras.

Saudações verdes!

Ecobags

Na sexta passada, meu irmão e eu saímos de casa equipados com mochila e "ecobags" para não utilizarmos sacolas plásticas ao fazer as compras no mercado e fiquei feliz ao perceber que várias pessoas faziam o mesmo.

Ecobag, ou sacola verde, para os que prefere valorizar o nosso idioma são sacola grande, tipo as de feira e que são geralmente confeccionadas com material biodegrável ou reaproveitado.

Durante as compras dois senhores despertaram minha atenção:
1º - um senhor com ecobags suficientes para colocar todas as suas compras do mês. Nota 10!!!!
2º - um senhor com 2 ecobags, mas com todas as compras ensacada dentro delas. :(

Talvez ele não tenha compreendido bem o propósito de suas sacolas...
Enfim, quando eu recebi as minhas também não tinha noção do seu propósito e não estava tão preocupada com o número de sacolas que eu consumia, mesmo sabendo que eram prejudiciais ao meio ambiente.

Às vezes até me lembrava de pedir às atendentes para não ensacar as compras pequenas e as colocava direto na minha bolsa, também sempre procurei reaproveitar as sacolas e mais nada.

Antes eu achava que isso era tudo o que eu poderia fazer, mas apenas recentemente, após receber uma apresentação em power point pps sobre alguns problemas ambientais gerados pelos plásticos descartados (deve ter sido o mesmo que você assistiu a + ou - 1 ano atrás, Érica) é que concluí que preciso reduzir seu consumo drasticamente.

Uma saída é o uso das sacolas verdes que são vendidas em Várias lojas inclusive as de griffes famosas. Ser sustentável também é chique, benhê! ;)

Minhas ecobags são de algodão e foram brindes num congresso de T&D no final do ano passado. Uma delas inclusive fazia parte daquele tradicional kit feito pelas organizadoras de eventos e eu gostaria de parabenizar a ABTD por essa idéia de substituir as tradicionais pastinhas pela sacola que poupou muitas sacolas durante o evento e continua poupando até hoje.

Voltando às compras: saldo final = 1 sacola plástica.

"Tive" que usar uma sacola porque comprei um pacote de papel higiênico com 8 rolos que não cabia nas sacolas que levei. Ao analisar posteriormente a situação, conclui que eu tinha outras alternativas:

1 - poderia carregar o pacote na mão, pois estava com as duas livres;
2- poderia ter levado o meu carrinho de feira;
3 - poderia ter providenciado uma ecobag maior.

Fica essa ecodica para vocês! Na próxima eu acerto!